Emprego: três em cada dez dispostos a sair do país
Portugueses que equacionam cada vez mais procurar melhores oportunidades de trabalho lá fora são sobretudo jovens
Cerca de três em cada dez portugueses mostram-se dispostos a procurar melhor emprego noutro país. Esta tendência acentua-se sobretudo junto dos mais jovens e com formação superior.São as conclusões de um estudo realizado pela empresa de estudo de mercados internacional (GfK) a 29 países e que foi divulgado esta quarta-feira.
No que toca a Portugal, 43% da população activa está à procura de outro emprego e três em cada dez equaciona emigrar. Destes, 54% têm entre os 30 e os 39 anos e 42% formação superior.
Jovens com asas
Quanto à disponibilidade para mudar de país, a pergunta que foi colocada em 17 dos 29 países, mais de um quarto dos trabalhadores portugueses inquiridos (27%) está disposto a emigrar para conseguir um emprego melhor.
Uma percentagem que é mais acentuada junto dos jovens trabalhadores, entre os 18 e os 30 anos (40%).
Portugal é mesmo o nono país no mundo onde os cidadãos manifestam maior predisposição para emigrar.
E o risco de fuga de cérebros é uma ameaça em todo o mundo, mas que atinge mais alguns países: seis em 10 trabalhadores mexicanos (57%), metade da força de trabalho da Colômbia (52%) e dois quintos dos trabalhadores do Brasil e do Peru (41% e 38%, respectivamente) estão dispostos a procurar melhores carreiras além-fronteiras.
A tendência está longe de se limitar aos mercados em desenvolvimento: a Turquia surge em 3.º lugar (46%), a Hungria em 7.º lugar (33%), seguida pela Rússia (29%) e, empatados no 9.º lugar, Portugal e o Reino Unido (27%).
Sair do país ou mudar de área?
Além desta predisposição para mudar de país em busca de melhores condições, é também claro que os portugueses já começam a ponderar outras mudanças: face às actuais condições económicas, 25% coloca já a hipótese de vir a mudar de carreira.
«Os nossos resultados indicam um risco de fuga de cérebrosno próximo ano, o que originará problemas significativos para as empresas e para os países que procuram recuperar da recessão», explicou o director-geral da GFK Portugal, citado pela Lusa.
Segundo António Gomes, tanto entre trabalhadores manuais como não manuais, verifica-se que um quarto do seu número está disposto a mudar de país por questões de emprego, e que esse número aumenta entre os trabalhadores com mais qualificações.
«Um terço dos empregados na área de I&D está também disposto a mudar de país - precisamente os postos de trabalho que muitos países identificam como cruciais para a sua recuperação».
De acordo com o estudo, Portugal apresenta tendências similares às dos restantes países, sobretudo no que refere à questão da emigração para encontrar situações de emprego mais satisfatórias.
Dispostos a mudar para conseguirem um emprego melhor estão um em três entre os jovens com curso universitário (32%) e quase um em quatro para possuidores de doutoramento (37%).
No grupo dos trabalhadores com nível de instrução equivalente ao secundário apenas 22% pondera a hipótese de mudar de área.
Certo é que o número de portugueses activamente à procura de outro trabalho é superior à média dos restantes países. À nossa frente só mesmo os norte-americanos e os colombianos.
No entanto, quando se fala em mudar de carreira, a percentagem fica muito aquém da média dos restantes países, ocupando o fim da lista e sendo apenas superada pelos resultados do México e Colômbia, onde os trabalhadores revelam pouca flexibilidade neste parâmetro.
O GfK International Employee Engagement Survey inclui as opiniões de 30.556 adultos empregados em 29 países.
Em Portugal, este estudo foi realizado durante os dias 11 e 22 de Fevereiro, a uma amostra de 547 indivíduos.
No que toca a Portugal, 43% da população activa está à procura de outro emprego e três em cada dez equaciona emigrar. Destes, 54% têm entre os 30 e os 39 anos e 42% formação superior.
Jovens com asas
Quanto à disponibilidade para mudar de país, a pergunta que foi colocada em 17 dos 29 países, mais de um quarto dos trabalhadores portugueses inquiridos (27%) está disposto a emigrar para conseguir um emprego melhor.
Uma percentagem que é mais acentuada junto dos jovens trabalhadores, entre os 18 e os 30 anos (40%).
Portugal é mesmo o nono país no mundo onde os cidadãos manifestam maior predisposição para emigrar.
E o risco de fuga de cérebros é uma ameaça em todo o mundo, mas que atinge mais alguns países: seis em 10 trabalhadores mexicanos (57%), metade da força de trabalho da Colômbia (52%) e dois quintos dos trabalhadores do Brasil e do Peru (41% e 38%, respectivamente) estão dispostos a procurar melhores carreiras além-fronteiras.
A tendência está longe de se limitar aos mercados em desenvolvimento: a Turquia surge em 3.º lugar (46%), a Hungria em 7.º lugar (33%), seguida pela Rússia (29%) e, empatados no 9.º lugar, Portugal e o Reino Unido (27%).
Sair do país ou mudar de área?
Além desta predisposição para mudar de país em busca de melhores condições, é também claro que os portugueses já começam a ponderar outras mudanças: face às actuais condições económicas, 25% coloca já a hipótese de vir a mudar de carreira.
«Os nossos resultados indicam um risco de fuga de cérebrosno próximo ano, o que originará problemas significativos para as empresas e para os países que procuram recuperar da recessão», explicou o director-geral da GFK Portugal, citado pela Lusa.
Segundo António Gomes, tanto entre trabalhadores manuais como não manuais, verifica-se que um quarto do seu número está disposto a mudar de país por questões de emprego, e que esse número aumenta entre os trabalhadores com mais qualificações.
«Um terço dos empregados na área de I&D está também disposto a mudar de país - precisamente os postos de trabalho que muitos países identificam como cruciais para a sua recuperação».
De acordo com o estudo, Portugal apresenta tendências similares às dos restantes países, sobretudo no que refere à questão da emigração para encontrar situações de emprego mais satisfatórias.
Dispostos a mudar para conseguirem um emprego melhor estão um em três entre os jovens com curso universitário (32%) e quase um em quatro para possuidores de doutoramento (37%).
No grupo dos trabalhadores com nível de instrução equivalente ao secundário apenas 22% pondera a hipótese de mudar de área.
Certo é que o número de portugueses activamente à procura de outro trabalho é superior à média dos restantes países. À nossa frente só mesmo os norte-americanos e os colombianos.
No entanto, quando se fala em mudar de carreira, a percentagem fica muito aquém da média dos restantes países, ocupando o fim da lista e sendo apenas superada pelos resultados do México e Colômbia, onde os trabalhadores revelam pouca flexibilidade neste parâmetro.
O GfK International Employee Engagement Survey inclui as opiniões de 30.556 adultos empregados em 29 países.
Em Portugal, este estudo foi realizado durante os dias 11 e 22 de Fevereiro, a uma amostra de 547 indivíduos.
0 comentários:
Enviar um comentário